quinta-feira, 18 de maio de 2017

Luzes de Néon: Excitação Eletrônica




Você já se viu encantado pelas luzes de Néon? Aquelas presentes em festas, em acessórios de animação e carros. Elas se destacam mais na penumbra, estas luzes são originadas do fenômeno chamado de fluorescência, que nada mais é do que a excitação dos elétrons. O movimento dos elétrons produz energia capaz de gerar luz.

As luzes de Néon equivalem à fluorescência do gás Neon (elemento químico) mediante a passagem de uma corrente elétrica. Esse gás é obtido do ar atmosférico pelo processo da liquefação fracionada e é muito utilizado comercialmente.

A luz emitida do gás Neon é semelhante à das lâmpadas fluorescentes, onde os elétrons presentes são excitados até que retornem à órbita original. Essa órbita energizada emite luz, que só é transmitida enquanto há fornecimento de energia. Se o abastecimento for interrompido, ou seja, quando os elétrons retornam à estabilidade, cessa a emissão de energia.


Ácido acetilsalicílico (aspirina)



O ácido acetilsalicílico é popularmente conhecido como aspirina. Trata-se de um composto orgânico de função mista (em virtude da presença do grupo carboxila e do grupo éster) muito utilizado por diversas pessoas no mundo todo em decorrência dos seus resultados no combate à (ao):


Síndrome coronariana aguda;


Infarto agudo do miocárdio;


Prevenção do tromboembolismo cerebral ou ataques isquêmicos transitórios;


Trombose cerebral;


Febre (contraindicado para crianças, especialmente em quadros virais pelo risco da Síndrome de Reye);


Dor de cabeça;


Prevenção primária ou secundária do infarto miocárdico, incluindo prevenção pós-angioplastia;


Osteoartrite;


Dor;


Tratamento de artrite reumatoide, artrite juvenil, osteoartrite ou artrose;


Febre reumática;


Tratamento da doença de Kauasaki;

A descoberta e a utilização do ácido acetilsalicílico tiveram como ponto de partida o isolamento do composto salicina de cascas da planta chamada salgueiro pelo farmacêutico H. Leroux em 1829. Ele isolou essa substância baseado nos relatos de Hipócrates e Celsus, que utilizaram essa planta para tratar febre e dores na Antiguidade.

Estudos mostraram que, durante a digestão da salicina no organismo humano, ela converte-se em ácido salicílico, o qual apresenta excelentes propriedades antirreumáticas, antifebris (antipiréticas) e contra dores (analgésicos).

Em 1859, o químico alemão Kolbe sintetizou pela primeira vez em laboratório o ácido salicílico por meio da reação, a 125 oC, do fenóxido de sódio e gás carbônico. Veja a equação dessa reação a seguir:




Com o isolamento da salicina, descobriu-se que o ácido salicílico era uma substância extremamente amargosa e, quando ingerida, provocava fortes irritações estomacais, o que prejudicava sua ingestão rotineira.

Em 1897, o farmacêutico Felix Hoffman, com o aval de seu patrão Bayer, na tentativa de ajudar seu pai que sofria de reumatismo e queixava-se constantemente dos efeitos colaterais provocados pelo uso do ácido salicílico, resolveu realizar uma reação entre esse ácido e o anidrido acético, o que resultou em uma nova droga: o acido acetilsalicílico. Veja a equação de formação do acido acetilsalicílico:




A síntese do ácido acetilsalicílico possui como catalisador o ácido sulfúrico (H2SO4). Na equação acima, podemos observar que o anidrido acético (1) é quebrado em duas moléculas (2). Uma delas ataca o benzeno e retira o grupo OH (3), e a outra une-se ao grupo OH que saiu do benzeno e forma o ácido acético (4).

Os testes com essa nova droga tiveram como resultado um menor índice de irritabilidade estomacal e do sabor amargo provocado na boca, mantendo a eficácia no combate às patologias que o ácido salicílico combatia. Dessa forma, a partir daí, o acido salicílico foi substituído pelo ácido acetilsalicílico.

Fogo que não produz fumaça








Existe fogo que não produz fumaça? A resposta é sim e pode ser encontrado em sua residência, mais precisamente no fogão de sua casa. Talvez você nunca tenha reparado, mas a chama que aquece seu almoço possui coloração azul, esta cor significa combustão completa (reação total com o oxigênio). Ela é produzida pela junção do combustível -gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de botijão - com o comburente (oxigênio do ar).

Para um melhor entendimento, vamos nos atentar às definições:



- Combustível é o material oxidável (sólido, líquido ou gasoso) capaz de reagir com o comburente;

- Comburente é o material gasoso (em geral o oxigênio) que pode reagir com um combustível, produzindo assim a combustão;

Outro fator que colabora para uma chama mais limpa (azul) é a composição do combustível, como exemplo compare a chama do fogão e a produzida por uma vela. A primeira é produzida pela queima de gases (oxigênio e GLP), já a segunda envolve a parafina, que é derivada do petróleo e rica em carbonos. A chama produzida por gases é azul e não produz fumaça ao contrário da queima da parafina: chama amarela que produz fumaça.

Mais uma dúvida: Por que quando o gás está para acabar a chama adquire coloração avermelhada? O gás está em quantidades mínimas e sua mistura com o oxigênio do ar não ocorre de forma completa. A prova de combustão incompleta está na fuligem que se acumula no fundo da panela. Neste caso a reação entre o combustível GLP e o comburente oxigênio está desbalanceada.
Agora você já sabe! O fogo que não produz fumaça tem cor azul.

Elemento mais abundante no Universo?







O elemento químico mais abundante no Universo é o hidrogênio (H). Estima-se que ele constitui 75% da massa de toda matéria e que representa 93% dos átomos do cosmo. Ele é também o elemento químico mais simples e mais leve, com apenas um próton no núcleo e um elétron em sua eletrosfera.

Já na Terra, o hidrogênio é o nono elemento em abundância e é responsável por 0,9% da massa de nosso planeta*. Ele aparece na forma gasosa (H2), sendo incolor, inodoro, insípido e inflamável, e aparece também combinado com outros componentes, formando ácidos e bases, estando presente na água, em gases vulcânicos, além de formar várias substâncias orgânicas, tais como proteínas, carboidratos e combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural).

Na natureza, o hidrogênio pode ocorrer em três formas isotópicas, hidrogênio (possui 1 próton), deutério (possui 1 próton e 1 nêutron) e trítio (possui 1 próton e 2 nêutrons, além de ser radioativo). A porcentagem de cada um na natureza é:


H → 99,985%

D → 0,015%

T → traços

Um aspecto relevante para a sua abundância no Universo é que esse elemento é o principal combustível de formação e manutenção da vida das estrelas. Nesses astros, incluindo o nosso Sol, ocorrem reações de fusão, ou seja, a união de núcleos leves que formam um núcleo maior e mais estável, liberando grande quantidade de energia.




quinta-feira, 11 de maio de 2017

A química da Tatuagem



     Os elementos da Família B da tabela são denominados Elementos de transição e é a partir deles que surgem as tatuagens. Os elementos de transição possuem a propriedade de formar compostos coloridos, por isso são empregados para muitos fins, como por exemplo, fabricar vidros coloridos.
As tatuagens podem ter vários significados, depende do ponto de vista: em alguns grupos sociais elas funcionam como forma de comunicação não-verbal, e servem para identificar os membros de um mesmo grupo, tribo ou sociedade.

    A técnica utilizada nas tatuagens permanentes consiste em introduzir na derme com o auxílio de agulhas, pigmentos que ficam retidos nas células da pele. Os pigmentos mais comuns e suas cores específicas estão relacionados a seguir:

Pigmento Cor 

Sais de cádmio ....................................................... Amarelo ou vermelho 
Sais de crômio ....................................................... Verde 
Sais de ferro ......................................................... Castanho, rosa e amarelo 
Sais de cobalto ........................................................... Azul 
Sulfeto de Mercúrio ........................................................ Preto 
Carbono (carvão) ....................................................... Preto 
Óxido de Titânio ......................................................... Branco

A bússola e o magnetismo



O magnetismo é a capacidade que um objeto possui de atrair outros objetos, e a esses objetos damos o nome de imãs.   Não são apenas os imãs que possuem magnetismo, mas também os objetos que são atraídos por ele. A química pode explicar o fenômeno do magnetismo através das forças dipolo. Por exemplo, os materiais possuem dois diferentes pólos, quando entram em contato com outros materiais os pólos iguais se repelem e os pólos opostos se atraem. Este fenômeno recebe a denominação de “dipolo magnético” e pode ser considerado uma grandeza. A força do imã é determinada por essa grandeza.  Os próprios átomos são considerados imãs com pólos norte e sul. As bússolas trabalham com base no magnetismo, veja o processo de funcionamento: 
- O imã se encontra no ponteiro das bússolas, este imã estabelece ao seu redor um campo magnético; 

- quando o imã é situado em um campo de outro imã este tende a se alinhar ao campo de referência; 

- a Terra possui um campo magnético que funciona como referencial para o funcionamento da bússola.