sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Extração de ouro de lixos eletrônicos através de processos químicos:
Sistema aquoso bifásico  
Nos últimos anos uma forte demanda de reciclagem de produtos eletrônicos vem tomando espaço, devido aos benefícios que isso traz para a natureza, uma vez que não é preciso devasta-la novamente para a retirada de metais e matéria prima.
Com a reciclagem é possível produzir produtos eletrônicos com matéria prima que já foi utilizada e retirada anteriormente. Isso também gera empregos e ajuda na economia local. o Brasil gera 1,4 milhão de tonelada de lixo eletrônico por ano e estima-se que de 70 T de lixo se pode extrair cerca de 13 quilos de ouro, fora os outros metais que estão presentes em bem maior quantidade.
Por isso se torna tão rentável a extração de metais do lixo eletrônico e para isso se usa um processo químico chamado sistema aquoso bifásico.
Ele basicamente consiste em: primeiramente o lixo eletrônico que seja metálico deve ser triturada num moinho. Em seguida, deve ser tratada em ácido clorídrico, que dissolve essa placa formando um líquido colorido. Esse líquido tem quase 90% de água, basta acrescentar o polímero e o sal, que o sistema se separa em duas fases. O ouro vai puro para a fase rica em polímero e os outros elementos como o cobre, ferro, níquel, ficam na fase rica em sal. Para esses metais que ficaram embaixo, basta preparar outro sistema aquoso bifásico para cada um deles, trocando o polímero e o sal. Assim, se consegue purificar todos os metais com muita eficiência.
Além da alta precisão na extração dos metais, de acordo com os pesquisadores, o método é muito simples de ser aplicado: “Não precisa ser químico ou outro especialista. Com meia hora de treinamento, qualquer pessoa está preparada para aplicá-lo e sem correr nenhum risco porque não é tóxico”.  Diferentemente de outros métodos de extração, o sistema aquoso bifásico não causa nenhum dano à saúde. De acordo com os professores, é possível, por exemplo, extrair ouro com hexano e água, mas para isso é preciso usar um solvente altamente tóxico e exige toda uma formação por parte de quem vai aplicar.

Fonte: http://www.deq.ufv.br/area/noticia/54”


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